sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Pare ,Pense e Reflita.

MALEDICÊNCIA

Não fales mal de ninguém! Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma, tem a instintiva tendência de falar mal dos outros. Qual a razão última dessa mania de Maledicência?

É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade. Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.

A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesmo. Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros. Esses homens julgam necessário apagar luzes alheias a fim de fazer brilhar mais intensamente a própria luz.

São como vaga-lumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca. Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar.

Quem tem o valor real em si mesmo não necessita medir seu valor pelo desvalor dos outros. Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar de doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria.

As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de maledicência. Falar mal das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor - algo parecido com whisky, gin ou cocaína - que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia.

A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens. Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente. Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir esperanças, eliminar dores e construir rotas seguras.

Fala-se muito por falar, para "matar tempo". A palavra não poucas vezes converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta.

Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades.

Portanto cabe às pessoas lúcidas e de bom senso não dar ensejo para que o veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas. Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas próprias fraquezas. Evitemos a censura.

Enriqueçamos o coração de amor, e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina. porque, de acordo com o Evangelho de Lucas 6,45* a boca fala do que está cheio o coração.

HUBERTO ROHDEN

Através destas palavras, peço DESCULPAS à quem ofendi.

Através destas palavras, AGRADEÇO a quem me entendeu.

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